Certa vez, em uma turma de exatas do ultimo ano do cientifico - o que hoje chamam de ensino médio, num desses colégios de Belém do Pará, recebi um 10 em uma prova de redação. Que grande feito, pensara, mas imediatamente percebi um comentário que mudaria todo o prazer daquele momento, dizia assim: “Tá parecendo plágio...”
Fiquei indignado, pior ainda as reticencias, pois sabe-se lá o que mais aquele leviano comentário poderia conter...
Não aguentei e de sobressalto levantei-me e abordei aquela professora, questionando-a acerca do motivo que a teria feito pensar assim.
Ela sem nenhum constrangimento - talvez valendo-se de sua condição, não só reafirmou o que havia escrito, como continuou alegando surpresa por não ter encontrado erro algum, sequer de pontuação, além do que o tema continha início, meio e fim, tudo no lugar, etc..., entende?...
E ali, antes mesmo de me sentar, decepcionado continuei a ouvir o que certamente daria um bom motivo pras gozações dos colegas... Então, sem mais nem menos, ela concluiu perguntando-me: - Quem foi seu professor de português?
Eu, sinceramente, sem imaginar o que significaria qualquer resposta naquele momento, respondi: - Prof. EMIR BEMERGUY.
E de um minuto para outro, com certo ar de sarcasmo, e até num tom de reconsideração, disse: - Ah sim, agora tá explicado!!!
E finalmente concluiu, dizendo: - Você poderia ter dito isso antes, Luciano.
Amigos, sabe aquele professor que a gente nunca esquece? Esse é o meu...
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