INFLAÇÃO DE POETAS
Ao querido amigo WILMAR FONSECA
Tu me perguntas por que faço
versos.
Eu te respondo, sim, mas
indagando:
- Por que respiras? Por que
bebes água
E buscas distrações de vez em
quando?
Componho estrofes como quem
precisa
Do sol, da chuva, do luar, do
vento,
Do riso alegre, da palavra amiga
Para escapar ao tédio cismarento.
Há um detalhe, todavia - saibas:
Nenhuma terra neste mundo tem
Tamanhas sugestões para poemas
Como as possui a minha SANTARÉM!
Nesta Cidade toda gente canta,
Pois a paisagem tal fascínio
inspira
Que um verso pronto brinca em
cada boca
E em cada peito há maviosa lira!
Originalidade - vês? - não
tenho:
Os Mocorongos todos são estetas.
Na linda “ALDEIA DOS TAPAJÓS” eu
sou
Apenas UM dentre CEM MIL
poetas!...
Emir Bemerguy, 04/08/1975.
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